20/01/2025 15:33 - Fonte: Assessoria de comunicação Arpen/PR
Erbo Stenzel, nascido em dezembro de 1911, com ruídos sobre o local, alguns relatos dizem que nasceu em Curitiba, outros em Paranaguá. Era filho de imigrantes alemães e austríacos, foi professor paranaense e escultor, deixando diversas obras espalhadas por Curitiba, transformando a paisagem urbana local.
Erbo Stenzel demonstrava interesse pelas artes desde cedo, iniciando seus estudos na Escola Alemã, localizada onde atualmente encontra-se a Praça 19 de dezembro, em Curitiba/PR. Foi aluno de Frederico Lange de Morretes, pintor renomado, que o ensinou o princípio da pintura. Logo após, foi até o Rio de Janeiro para estudar na Escola Nacional de Belas Artes, onde se formou com medalha de ouro, e foi lá que se inspirou para uma de suas maiores obras, a escultura que mostrava o sofrimento de uma afrobrasileira com um balde de água em sua cabeça, a “Água para o Morro”. Em 1949 retornou para Curitiba, a pedido do então governador Moysés Lupion, e começou a lecionar Anatomia e Fisiologia Artística, na Escola de Música e Belas Artes do Paraná.
Obras em Curitiba
Em 1953, o governador Bento Munhoz da Rocha Neto, queria uma homenagem ao centenário da emancipação do Paraná, para isso, pediu para que Erbo Stenzel e Humberto Cozzo construíssem um monumento. Foi então, com granito, que surgiu o conhecido “Homem Nu”, representando o Paraná emancipado, vestido de todas as culturas, mas ainda não vestido de sua própria identidade, como alguns críticos simbolizam. Ao seu lado a “Mulher Nua”, representa a Justiça, a obra foi muito criticada pelo lado conservador da cidade e foram realocadas em diversos lugares, atualmente, ambos ficam localizados no centro da cidade, ao lado do Shopping Mueller, na Praça 19 de dezembro, conhecida como a “Praça do Homem Nu”.
Memorial de Curitiba e Monumento aos Fundadores de Curitiba
Um de seus projetos que não foi concluído por Stenzel, foi o Memorial de Curitiba, localizado no Largo da Ordem, um dos pontos de Curitiba que mais recebem turistas, a obra foi projetada para ser um espaço de celebração das culturas locais, mostrando a essência do artista sobre o que é ser um curitibano, dando indícios de seu nascimento na capital. Outro monumento conhecido é um tributo aos primeiros habitantes da região, o Monumento aos Fundadores de Curitiba, sendo representado desde os indígenas até os colonizadores europeus.
Ao longo de sua vida, Erbo Stenzel recebeu diversos prêmios e homenagens e faleceu em 1980, tendo suas obras e estudos durante toda sua trajetória abrigadas no Museu Paranaense (MUPA). Uma escultura sua foi feita e eternizada no Parque Vista Alegre, pela Prefeitura de Curitiba, além do Memorial Erbo Stenzel, resultante de um concurso nacional de projeto de arquitetura, proposto pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (IPPUC) e organizado pelo Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB/PR). Já a Casa Erbo Stenzel, construída em 1928, que foi residência do escultor, foi doada à Prefeitura de Curitiba, em 1998, localizada no Parque São Lourenço, se tornando um museu que continha seus pertences e obras. Em 2009, o museu foi desativado e os itens do acervo foram devolvidos à Secretaria de Estado da Cultura. Em 14 de junho de 2017, o local foi atingido por incêndio e foi então demolido pela Prefeitura de Curitiba, gerando revolta contra o prefeito da época, Rafael Greca. Segundo o laudo da perícia técnica da Justiça, a demolição foi inadequada e não era de urgência, podendo ser evitada por meio de outros procedimentos, como o isolamento do local ou construção de estabilização das estruturas.
Fonte: Assessoria de comunicação Arpen/PR