01/08/2016 13:13 - Fonte: Ilustrado
Umuarama - Jéssica Maria Vicente, 22 anos, e Alonso da Mata Lacerda, 27 anos, ambos portadores de Síndrome de Down, casaram ontem em Umuarama. Conforme o Cartório de Registro Civil do município, esse foi o primeiro casamento do Paraná entre pessoas portadoras da síndrome. Hoje o casal realiza a cerimonia ecumênica no Centro de Eventos Lebaron, sendo que a união se tornou exemplo para muitos casais.
Conforme a família, Jéssica e Alonso sempre estudaram na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), porém nunca tiveram proximidade até começarem a conversar em uma festa junina realizada há três anos. “O namoro começou na escola. No começo pensávamos que era brincadeira. Mas estão juntos há três anos e nos últimos tempos começaram a falar em casamento”, disse a mãe de Alonso, Guiomar Rodrigues da Mata.
Marilza da Silva Vicente, mãe da Jéssica, recorda de quando Alonso chegou em sua casa, acompanhado da sua família, pendido a sua filha em namoro. “Ele chegou em casa e era um homem educado e cavalheiro pedindo minha filha em namoro. Foi emocionante e hoje estamos realizando o casamento dos dois”, disse.
Segundo os dados do Cartório de Registro Civil de Umuarama esse foi o primeiro casamento de portadores de Síndrome de Down de Umuarama e possivelmente do Paraná. “É um exemplo para todos da força do amor. Como também, uma situação histórica para o setor de registro civil. Foi tudo conforme a Lei e com autorizações da Justiça e os pais”, ressaltou Rodrigo Souza Scanavaca, Juiz de Paz.
Para os familiares e amigos, que estiveram no casamento ontem, o relacionamento está sendo saudável para o desenvolvimento do casal, como também alegrias para todos que estão próximos. “É um sonho. Quando se tem uma criança especial, você acha que acabou. Mas no caso deles não. Superaram barreiras e expectativas, tudo em nome do amor. É algo maravilhoso e emocionante, como também o sonho de toda mãe”, disse Marilza.
Após a cerimonia de hoje, Jéssica e Alonso seguem uma vida de casados, mas sempre sob a tutela dos pais. O casal vai morar de tempos em tempos com cada família. “Eles são muito independentes, mas ainda precisam de pequenos cuidados. Como também para os pais não ficarem com muita saudade vamos ficar próximos”, disse Guiomar.