O Instituto do Registro Civil das Pessoas Naturais do Estado do Paraná (Irpen-PR), em parceria com o Fundo de Apoio ao Registro Civil de Pessoas Naturais (Funarpen), criou em outubro de 2014 o Projeto Irpen na Comunidade, ação que tem como intuito distribuir cidadania a todos os cidadãos paranaenses, além de erradicar o subregistro no Estado.
Em 12 meses de projeto, a equipe esteve presente em aproximadamente 60 municípios paranaenses, viajando cerca 14 mil quilômetros, realizando mais de 4 mil casamentos, percorrendo três aldeias indígenas, registrando 223 índios das etnias Guarani e Kaingang e registrando diversos reconhecimentos de paternidade.
Ao visitar as aldeias indígenas, a equipe que compõe o projeto se deparou com diversas histórias, como a de dona Pureza da Conceição Oliveira, índia da tribo kaingang que recebeu sua certidão de nascimento aos 107 anos pelas mãos do presidente do Irpen-PR, Arion Toledo Cavalheiro Jr. “O documento é tudo para nós, sem ele não somos nada”, afirmou dona Pureza ao ser registrada.
Para o ‘Dia do Sim’, um dos principais serviços prestados à população, a equipe do projeto foi até cadeias, delegacias, hospitais e maternidades para atender pessoas que estavam impossibilitadas de comparecer à festividade. O presidente do Irpen-PR afirma que a equipe do projeto não mede esforços para ajudar as pessoas a regularizem suas situações perante a justiça. “Independentemente da situação jurídica de uma pessoa, o que importa é darmos a eles direito à cidadania, além de segurança jurídica a relação já existente”, concluiu Arion.
A diretora do Irpen-PR, Elizabete Vedovatto, acredita que esse tipo de ação influencia em muito o futuro dos casais. “O objetivo do nosso projeto é levar a cidadania onde for necessário. Temos certeza que após nossa ida na delegacia e na cadeia, os jovens detidos darão outro rumo à suas vidas”, afirmou.
O presidente do Irpen-PR ainda declarou que pretende percorrer todo o itinerário definido no início do projeto até meados de 2016, erradicando o subregistro no Estado. “Nossa meta é erradicar o subregistro e concluir o projeto até metade do próximo ano, além de fazer a inclusão social da população regulamentando sua documentação. Com os documentos em dia as pessoas têm acesso a todos os direitos garantidos por lei”, aludiu. “Também pretendemos conscientizar a população com campanhas como o outubro rosa e o novembro azul, que visam a importância da prevenção ao câncer”, explicou Arion.