O mutirão Direito a Ter Pai realizado pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) e Defensoria Pública oferece o reconhecimento de paternidade nesta quinta-feira (29), em Uberlândia. Serviços como exame de DNA gratuito e reconhecimento espontâneo estão disponíveis para a população. O local do evento é Instituição Cristã de Assistência Social de Uberlândia (Icasu), localizada na Avenida Rio Branco, no Centro. No município já foram atendidas 7.400 pessoas. O evento também ocorre em 35 cidades de Minas até as 17h. 

Nas últimas oito edições do mutirão foram realizados 794 acordos de guarda e pensão alimentícia e de visitas, 249 contas bancárias cadastradas para pagamento de pensão abertas, 906 exames de DNA, 302 reconhecimentos espontâneos e 808 ações judiciais de investigação de paternidade. 

O estudante Caio Augustus, de 12 anos, participou do mutirão esperançoso por uma nova fase da vida. Toda vez que era dia dos pais eu ficava triste e chorava, me sentia sozinho pela falta de ter um pai. Na escola quando todo mundo falava sobre os pais, eu não tinha como dizer nada, desabafou. 

O coordenador da Defensoria Pública, Fernando Orlan, lembra que a ação que começou em Uberlândia é o caminho para ajuda nos laços entre pai e filho. "O mutirão nasceu aqui e agora está em todo o estado. Além disso, consegue aproximar muita das vezes a criança do pai, criando vinculos de amor", comentou. 

Ainda segundo Orlan, a lei estadual de 2009 determina que os cartórios de registro civis enviem para defensoria a relação de crianças que foram registradas sem o nome do pai e que, em Uberlândia, existem uma média de 60 crianças registradas sem o nome paterno.