21/09/2015 14:44 - Fonte: G1
Netos de portugueses vão ganhar o direito de passar para família a tão sonhada dupla cidadania. O benefício abre portas para quem quiser tentar a sorte na Europa.
Enquanto elas recordam o passado, já vão planejando o futuro. As irmãs Alessandra e Andressa são netas de avô português. E em breve, poderão se beneficiar de uma mudança na lei de nacionalidade, aprovada pelo parlamento português.
O estrangeiro que for neto de português agora poderá ter direito não só à dupla cidadania como também poderá passar esse direito para filhos, netos e até para a mulher ou para o marido.
Até hoje, esse benefício só vale para quem é filho de português. Com a nova regra, Andressa Gomes que é neta de português poderá se tornar cidadã portuguesa e estender a nacionalidade ao filho, Matheus.
“A gente tem a possibilidade de ir para lá, buscar estudo, buscar trabalho. E ter a possibilidade de passar isso para o seu filho e futuramente para os seus netos é fantástico”, conta a arquiteta.
De acordo com a nova lei, para ter direito à nacionalidade de origem, netos ou netas de portugueses, como a Andressa e a Alessandra, terão que provar ao consulado que possuem uma relação próxima com a comunidade portuguesa. Por exemplo, se viajam regularmente a Portugal, se frequentam clubes lusitanos, associações ou entidades ligadas ao governo português no Brasil.
“Nós temos amigos que são portugueses, a gente costuma frequentar lugar junto com eles que têm cultura portuguesa arraigada”, diz a educadora Alessandra Gomes.
A nova lei ainda está sendo regulamentada no parlamento português, e deve entrar em vigor no fim do ano. Quem possui cidadania portuguesa tem permissão para morar e trabalhar na União Europeia e não precisa de visto, por exemplo, para entrar nos Estados Unidos.
“Portugal é um país de 10 milhões de habitantes, mas tem uma vasta comunidade no mundo de mais de quatro milhões de portugueses. O que nós queremos é ter uma grande rede mundial de nacionais portugueses que é a nossa maior riqueza, é o nosso povo”, explica o vice-cônsul de Portugal em Belém, Francisco Brandão.